“Brega do Raparigueiro”, de The Smashing Pumpkins
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A selecção de hoje é da autoria de Marcelo Barbosa, inatacável personalidade de elevados padrões morais.
Bio oficial de Marcelo Barbosa
Cidadão brasileiro de pleno direito, Marcelo Barbosa é versado em diversas artes, nomeadamente a nível criativo e prático. Natural de Porto Alegre, não distingue bem o Grémio do Internacional, facto que, durante a escola secundária, lhe valeu muita “[equivalente brejeiro de relação sexual um tudo-nada mais abrutalhada] à galo” e aquela coisa de levar com o dedo indicador e o dedo médio de outra pessoa, emparelhados, no pulso com toda a força. Colabora com os GANA a nível ideias avulsas e ajuda Pombeiro em coisas de animação que este último não saiba fazer/não queira fazer derivado a: preguiça. É mais amigo de Moreira porque foi o que conheceu primeiro, mas o seu preferido, como de resto com toda a gente, é Santo. |
Marcelo Barbosa
(clique em sua cabeça para conhecer alguns dos seus trabalhos nota 10)
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Informações gerais
Com realização a cargo de P.R. Brown (?-?), este clipe musical data de 2007 e, a bem dizer, resume-se à banda The Smashing Pumpkins interpretando uma versão de “Brega do Raparigueiro”, emblemático hino de Kelvis Duran. Em termos conceptuais, os The Smashing Pumpkins limitaram-se a convidar pessoas até ficar cheio e demasiado calor no local das filmagens, tendo depois começado a tocar num ambiente psicadélico-básico. É ainda de notar que a banda apresentaria aqui a sua nova formação, já sem aquela gaja loura e aquele chinês, e sobre a qual ninguém quer saber o que quer que seja. Na prática, aqui os The Smashing Pumpkins já eram apenas o Bill Corgan (porque a banda é mais dele) e o baterista com bexigas (porque tem uma casa para pagar).
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Pontos a favor
1. Bill Corgan nunca foi o melhor exemplo estético do que é um humano – de resto, fui eu que inventei o rumor de que o homem teria seis dedos numa mão e que se via num dos telediscos mais antigos, rumor esse que, por volta de 1998, cerca de 3/8 da população nacional já havia discutido -, mas há que reconhecer o mérito de, seja em que circunstância for, se optar por usar uma capa. O planeta será um local melhor quando for governado por homens de capa, isto parece-me claro.
2. Tem uma mulher a tocar baixo, ocorrência que, oito em dez vezes, dá pica. O dado estatístico que delibera que oito em cada dez acontecimentos, sejam eles quais forem, dão pica a qualquer homem deverá, aqui, ser considerado como irrelevante em dinâmicas contra-argumentativas.
Mulher tocando guitarra-baixo. A parte
de ser mulher é 99% do encanto,
valha a verdade.
3. Um dos guitarristas abana muito a cabeça (em grande plano ali por volta do minuto e 48), denotando divertimento extremo ou apenas um ataque epiléptico. Seja como for, é divertido para quem vê, sendo ainda completamente inofensivo para a saúde da pessoa que estiver a abanar muito a cabeça.
À esquerda, em grande plano, o homem
que abana muito a cabeça. Divirta-se
contando quantas vezes ele abana muito
a cabeça neste teledisco. O primeiro
sujeito que adivinhar fica a saber um
segredo sobre um GANA à escolha.
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Pontos contra
1. Tem um gajo dos Papa Roach, facto que, sob qualquer prisma, dispensará quaisquer desenvolvimentos adicionais.
Papa Roach no vídeo.
Três dos quatro Papa Roachs que
podem ser o Papa Roach de cima.
2. Tem o gajo dos Bloc Party, facto que, sob qualquer prisma, dispensará quaisquer desenvolvimentos adicionais.
Gajo dos Bloc Party. Entrou neste
clipe para dizer "ando aí agora
num projecto com o Smashing
Pumpking" quando as pessoas lhe
perguntarem "então, o que é que
andas a fazer agora?" lá no Bairro
Alto onde ele costuma sair à noite.
3. Olhem-me bem para a quantidade parva de guitarras que o teledisco tem! Isto acontece porque toda a gente quer tocar guitarra, pensando que as mulheres gostam mais, quando, na verdade, quem tem grande saída são os bateristas. Nos Beatles – e isto é um facto histórico documentado -, Ringo era o que mais se metia em mulheres. Nada mau, para um gajo que parece o Arafat. Enfim, a quantidade de guitarras neste teledisco é apenas mais uma prova de que os homens tudo fazem para agradar, erradamente, às mulheres e muitas deles nem dão valor nenhum.
Muitas guitarras, e esta parte nem é aquela
onde aparecem mais. Descubra, afinal,
quantas guitarras aparecem e fique a saber
outro segredo (pior que o anterior, porém,
mas bom na mesma).
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Apreciação muito geral: este clipe do conjunto que, em tempos, foi o 6º melhor do estado norte-americano do Illinois (atrás de Wilco, Cheap Trick, Chicago, Survivor e Reo Speedwagon), prima pelo divertimento. Com muito boa dinâmica, bem como excelente ritmo e conjugação musico-imagética, este "Brega do Raparigueiro" afirma-se, a meu ver, como um consistente candidato à vitória final. A música deve ser isto: diversão, multiplicidade, heterogeneidade e pessoas de capa. Preenche, portanto, quatro dos seis critérios basilares de qualquer teledisco épico. Uma escolha muito competente, sem dúvida.
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Questão final: "Marcelo Barbosa, por que razão escolheu este teledisco?"
Além de ser o meu preferido, foi desse daí que me lembrei na hora, mas tenho a certeza que chega perfeitamente para ficar na frente dos outros dois caras que já escolheram. Dois baba-ovo da produção musical e audiovisual norte-americana, nada mais. Se minha escolha não ficar no mínimo em terceiro nesse concurso, boto a boca no trombone e falo tudo o que sei sobre os GANA. Não é uma ameaça, estou só falando." |
Agora clique na cabeça de Marcelo para uma
surpresa incrível
Analista Clipe Limpo
Mauro