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CENA

CENA

30
Set09

Quiz Show - MEGA QUIZ

gana

 

Chegou o MEGA QUIZ, o inquérito que, ao contrário dos outros testes monotemáticos, engloba 8 temas num só! Fica já dispensado dos outros todos! Este teste foi elaborado a partir das várias sugestões da nossa equipa de peritos. Havia várias perguntas mas não chegavam para um quiz só, por isso, o nosso perito na área de nutricionismo teve a brilhante ideia de juntá-las todas. São sete perguntas que versam temas cruciais e imprescindíveis da existência de cada um de nós. Turismo, informática, natureza, animais de companhia, Língua Portuguesa, nutrição, motores e folclore.

 

 

MEGA QUIZ:

 

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Leitura dos resultados:

29
Set09

ENA - Casamento

gana

 

Casamento

 

Casamento é quando duas pessoas estabelecem um vínculo religioso, civil ou social para morarem juntos. Pressupõe intimidade física depois do acto, para confirmar o vínculo (normalmente é cópula).

 

Clipart de noivos sem cara.

Não se percebe se a noiva traz um bouquet de flores

ou um prato com carnes frias do buffet

  

Tipos de casamentos

Segundo a bibliografia consultada (wikipédia), existem 13 tipos de casamento. A saber:

 

Casamento Aberto (open relationship): é swing. Os casais vão a festas com outros casais, metem as chaves dos carros num chapéu e depois as mulheres tiram à sorte. Conforme a chave do carro que calhe, vão ter com esse homem. Se a mulher tirar a chave do próprio marido, não sei se repete ou não. Deve acontecer pouco, que elas reconhecem o porta-chaves dos maridos e não o tiram.

 

Casamento Celibatário: Não faz sentido, porque se não há confirmação do vínculo (cópula) o casamento não é válido. Pelo menos para mim.

 

Casamento Arranjado: São outras pessoas (família, amigos…) que tratam de tudo e a pessoa fica noiva sem conhecer o outro. Não é necessariamente uma coisa má, na medida em que as pessoas (família, amigos…) tratam também das coisas chatas, como escolher os convidados, mandar os convites, organizar o copo d’água, etc. É só ir e casar.

 

Casamento Civil: É só no civil. Já fui a um e em vez de ter Jesus ou santos tem lá a cabeça da República.

 

Casamento Misto: Entre pessoas de credos e/ou etnias diferentes. Acho escandaloso que casamentos deste tipo de casamentos tenham nome. É um casamento normal, não tem que ser chamado de «misto». Acho racista da parte da Wikipédia.

 

Casamento Morganático: Li 3 vezes e não consegui perceber o que é. Sei que é uma coisa da Idade Média.

 

Casamento Nuncupativo: casamento feito à pressa por haver, por exemplo, risco de morte eminente de um dos noivos. As testemunhas têm 10 dias para irem provar que o casamento se deu em condições de urgência. Pode até ser feito por pessoas que não sejam juristas nem padres (6 testemunhas). Pode ser, por exemplo, um médico, um estudante, um carteiro, um bancário, um taxista e um padeiro.

 

Casamento Putativo: feito de boa fé mas que afinal não podia ser feito. Por exemplo: a noiva achava que era viúva, porque o suposto falecido teria morrido na guerra; ela casa-se com outro e no fim o primeiro marido volta. Conclusão: a noiva não podia casar porque não era viúva.

 

Casamento Religioso: é realizado na igreja (ou templo), geralmente ao sábado. As mulheres costumam assistir à cerimónia e os homens ficam cá fora a fumar cigarros e a conversar.

 

Casamento Poligâmico: um homem que se casa com várias mulheres. Exemplos: sultões, mórmones, etc.

 

Casamento Poliândrico: uma mulher que casa com vários homens. Nunca ouvi falar disso.

 

Casamento Homossexual: um homem que se casa com outro homem ou uma mulher que se casa com outra mulher. Eu cá respeito e aceito. A Wikipédia é que pôs em penúltimo lugar.

 

Casamento de Conveniência: casamento realizado por motivos económicos ou sociais. Antigamente, muitos jogadores de futebol estrangeiros casavam com mulheres portuguesas para obterem nacionalidade portuguesa. Agora isso é proibido. Toda a gente devia casar por amor. 

 

 

Vídeos para ver

 

Vídeo Avulso com um padre espetando um sermão aos noivos  

 

Colaborador ENA

Rui Hugo

25
Set09

"Boiler", de Limp Bizkit

gana

 

Esta semana não há nota introdutória. Escolha o seu GANA ou colaraborador preferido e leia a introdução do teledisco por eles seleccionado (Pombeiro, Filipe, Marcelo, Moreira, Zé Bernardo).

 

 

 

 


Zé Bernardo

E, à quinta semana, a vez de Zé Bernardo. Que adiantar relativamente a esta emblemática entidade? Colaborador próximo dos GANA, deste homem, embora muito se possa dizer, basta lembrar que é voz e alma de Manuel Bernardino de Souza. Se não sabe quem é Manuel Bernardino de Souza, tente-se estrangular diariamente até conseguir. A alternativa é clicar aqui.


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Informações gerais

Datando de 2001 e com Dave Meyers (?-?) sentado na cadeira de realizador, “Boiler” destaca-se logo de sobremaneira pelo facto de ter sido filmado em Lisboa, feito que nem alguns dos vídeos musicais dos Xutos & Pontapés granjearam (aquele numas jaulas tinha ar de ter sido no Barreiro, que é, enfim, mais ou menos perto). A temática do teledisco é muito verosímil – todos querem matar o cantante dos Limp Bizkit -, mas bastante desactualizada – em tempos, todos queriam matá-lo, agora simplesmente ninguém quer saber, reagindo inclusive com um “eia, este gajo” (de pendor mais nostálgico que de aversão, há que notar) quando o vê num revista velha que estava caída atrás dum móvel lá em casa. 

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Pontos a favor

 

1. Esta obra audiovisual entra muito bem, com, quiçá, o ponto a favor mais forte de todos os pontos a favor até agora identificados nos concorrentes a teledisco da década! Refiro-me, claro está, à honrosa participação da mítica roulotte do Aires em Lisboa, um negócio que acabou por dar para o torto por razões nunca esclarecidas. Seja como for, é com incontido entusiasmo que todos devemos receber a lembrança desta tentativa de expansão negocial, esperando ansiosamente que o Aires volte a tentar. O nome do estabelecimento foi ideia dum velho amigo, disse-me o próprio Aires (clique aqui para ver quem).

 

A rolotte do Aires em Lisboa. Quatro lugares sentados,

nada mau.

 

2. Finalmente, uma mensagem positiva num teledisco de Rock (tipo de música que, por norma, não quer saber). Ora, presumivelmente, o cantor dos Limp Bizkit acabou de ter sexo. Uau, que herói. Mas a questão é que, pouco depois, a mulher abre a boca e sai de lá um aparelho metálico que larga uma bola-bomba e aquilo rebenta tudo. Das duas, uma: ou se está a querer mostrar que ninguém se deve relacionar intimamente com o Limp Bizkit (uma descoberta que promete mudar o mundo, de facto), ou se está a querer mostrar que é sempre necessário ter basta prudência com mulheres bonitas que se queiram deitar com alguém que claramente não é do seu campeonato. Desconfie se uma mulher bonita o quiser ver nu. Jogue pelo seguro (clique aqui para mais informações em relação a esta postura defensiva).

 

Esta mulher nunca na vida se deitaria com

aquele homem. Estava-se mesmo a ver

que ia haver chatice.

 

3. Este clipe consegue, em diversas vertentes, retratar bem a cidade de Lisboa. É, por exemplo, bastante comum explodir um 5º andar inteiro, cair de lá um homem pequenito, e ninguém querer saber. Em Lisboa é assim. Para além disso, é comum sobreviver-se a uma outra explosão e acordar num bordel onde as cantoneiras são todas biónicas, mas, apesar disso, nos amam a sério. Basicamente, Lisboa é isto, estando por provar a existência de um monstro feito de salsichas nas suas catacumbas. Ainda há muita questão envolvendo Lisboa a carecer de evidência científica.

 

Um monstro feito de salsichas que habita a

Lisboa subterrânea. Isto deve ser mentira, por

isso é que está em bonecos. Se fosse a sério,

era em fotografia mesmo.

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Pontos contra

 

1. Há, cheira-me, grandes hipóteses de o cantor ter dormido todo vestido e calçado. Descobri que isso não se podia fazer quando vi uma tia minha a chamar – através de berros, que será sempre a melhor forma de passar uma mensagem - “porco, seu porco” a um primo meu, quando o apanhou justamente todo vestido e calçado nos lençóis, em sua cama. A partir dos meus vinte anos, deixei de contar as vezes que, por achar que tenho a resistência ao álcool dum John Wayne, acordei todo vestido e calçado dentro da cama. Qualquer mãe vos dirá que dormir todo vestido e calçado dentro da cama não é correcto, seu porco, e ter telediscos a vangloriar este tipo de comportamentos como sendo os de pessoas que acabaram de ter sexo, enfim, parece-me despropositado.

 

Assinalável nível de descontracção, há que louvar,

para quem dormiu todo vestido e todo calçado.

 

2. Se, nos pontos a favor, coloquei entusiasticamente a presença da roulotte do Aires, agora tenho que lamentar a má imagem que, em determinados aspectos, dão do estabelecimento comercial em questão. Nunca ouvi falar em cair a cabeça a pessoas no Aires. Nem uma hamburga vir com minhocas (plural, que singular pode acontecer em qualquer casa de referência). Afinal, esta coisa de ter o nosso negócio de restauração a aparecer em telediscos de bandas internacionais pode ser contraproducente. Quem me garante a mim que não foram estas referências negativas que ditaram o fecho da roulotte do Aires? Em princípio, aquele carro a rebentar com tudo terá sido efeitos especiais, não sei.

 

Uma pessoa a ficar sem cabeça. Não há registos

de isto alguma vez ter acontecido no Aires. Só em

termos hipotéticos, através de ameaças e assim.

 

3. Para terminar este capítulo de evidenciação dos elementos mais negativos, saliente-se o facto de o vocalista dormir todo vestido e todo calçado, mas quando é para ser desenho animado já estar todo nu. Depois vai ter a uma gruta onde estão outros bonecos todos nus e faz-lhes um pirete, sem ter sido sequer provocado ou sem sequer lhe terem passado uma razia com o carro numa passadeira. Não percebo esta metáfora, palavra de honra. E eu até fui o primeiro da minha sala a perceber que aquele poema do Antero de Quental era sobre uma gaja.

 

Boneco do cantante dos Limp Bizkit fazendo um

pirete (censurado porque vêm cá muitos garotos ver

o Bruno Aleixo).

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Apreciação muito geral: Excelente arranque, mas um final algo insonso, ainda que passado num daqueles templos à Indiana Jones onde um indiano mau arranca o coração a pessoas com as próprias mãos. A presença do engenho negocial do Aires faz-se sentir, mas de forma algo agridoce. Sendo um teledisco para toda a família (tem gajas, explosões, desenhos animados, um velho a comer polvo, etc.), ficamos a sensação que poderia ter chegado mais longe. Ainda assim, um forte candidato à vitória final.

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Questão final: "Zé Bernardo, por que razão escolheu este teledisco?"

 

 

Zé Bernardo

(clique na sua boca para ele sentir amargueza)

"Simples. Eu, no fundo, sou como o Mário Augusto: gosto é de os ouvir falar de Portugal. Eles não falam em Portugal per se, mas foi filmado em Lisboa, é equivalente. Quando me falta conversa, costumo dizer que já vi os Limp Bizkit no Cais do Sodré e as pessoas acreditam por causa deste vídeo. Uma vez também vi os Hoobastank, mas ninguém acredita.

 

 

Analista Clipe Limpo

Mauro

23
Set09

Quiz Show - Percebe alguma coisa de Geografia?

gana

 

Este teste serve para avaliar os seus conhecimentos de geografia. Coisas que poderá saber facilmente com recurso à wikipédia. Não faça isso, estaria só a enganar-se a si próprio. Este teste foi elaborado pelos alunos duma E. B. 2+3 que há aqui perto de minha casa. Quem corrigiu os erros foi a professora deles.

 

 

TESTE: PERCEBE ALGUMA COISA DE GEOGRAFIA?

 

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Leitura dos resultados:

22
Set09

ENA - Deveres Cívicos

gana

 

NOTA: Se procura Deveres de Casa clique em TPC.

 

 

Deveres Cívicos

 

Deveres cívicos são um conjunto de deveres que se impõem ao cidadão para uma justa e salutar convivência em sociedade. O seu não cumprimento dá cadeia. Em baixo segue a sua descrição.

 

RESPEITAR OS OUTROS CIDADÃOS

 

Respeitar os outros cidadãos é um dever cívico e de cada um. Este dever cívico é parecido com os dez mandamentos. Se tirarmos os mandamentos de santificar o sábado, não adorar falsos deuses e não pronunciar o Santo Nome de Deus em vão, até é igual. A saber:

 

7 Mandamentos do Respeito pelo Cidadão

- Honrar pai e mãe

- Não matar pessoas

- Não enganar pessoas

- Não roubar

- Não prestar falso testemunho

- Não cobiçar mulher alheia

- Não cobiçar casa alheia

 

 

VOTAR

 

Votar é um dever cívico e de cada um. Consiste em escolher uma opção duma lista de opções. É extremamente limitativo, ter que escolher entre duas (no caso de referendo) ou meia dúzia de hipóteses (eleições), embora o povo fique todo contente a pensar que escolhe alguma coisa. Em Portugal vota-se para o Presidente da República, para a Assembleia da mesma, para o aborto, para as Câmaras Municipais e para a Assembleia Europeia. Eu não voto porque ainda estou a cumprir pena.

 

AVISO: Lave sempre as mãos antes de votar. Outras pessoas vão usar a mesma caneta. Não dê um passou-bem ao homem da mesa, que ele dá passou-bens a toda a gente.  

 

Direito de Antena do PPDPP


 

PAGAR IMPOSTOS

 

Pagar impostos é um dever cívico e de cada um. Consiste em dar parte dos lucros que se tenha ao estado. Serve para pagar aos polícias, aos médicos, aos professores, etc. Há vários impostos: IVA, IRS, IRC, selo do carro, etc. Não fuja aos impostos. 

 

Não fuja aos impostos: Al Capone matou muita gente e escapou.

Fugiu aos impostos e não escapou. Depois morreu de sífilis na cadeia.

 

 

CUMPRIR SERVIÇO MILITAR

 

Cumprir serviço militar é um dever cívico e de cada um. É ir à tropa.

 

 

DEVERES CÍVICOS DE GRAU 2

 

Deveres Cívicos de Grau 2, ou de baixo grau, são deveres que, não sendo obrigatórios, são aconselháveis. A saber:

- Separar o lixo.

- Conferir o troco.

- Não dar de comer aos pombos.

- Agradecer sempre que lhe cedam passagem na estrada e a prioridade não seja sua.

- Não dar dinheiro a arrumadores de carros.  

 

Colaborador ENA

Rui Hugo

 

18
Set09

"Torero", de Chayenne

gana

 

Pá, basicamente, estamos a eleger o melhor teledisco da presente década. Votam os elementos dos GANA e alguns dos seus mui estimados colaboradores. Se sua excelência carece de mais esclarecimentos, vá aos posts anteriores, andor. Se, por outra, achar que “eu faço o que eu quiser, penso pela minha cabeça, ó GANA”, clique aqui para recebermos uma sms e baixarmos a cabeça, cheios de vergonha por termos dado ordens à sua pessoa.

 

 

 

 

João Moreira

Esta semana dissecamos a selecção de João Moreira, um dos membros fundadores de toda esta bodega, homem cuja sanidade tem vindo a sofrer fortes rombos devido à miríade de vozes que se vê obrigado a fazer pelas gripes permanentes de Pombeiro e a profunda incapacidade de Santo em fazer mais que a sua própria voz


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Informações gerais

Teledisco de 2002 ou 2003, presumivelmente, que a informação é difusa (ao estilo de Camões, que também ninguém sabe se nasceu em 24 ou 25 do século XVI). A cantiga era um de três temas inéditos presente num best of de Chayenne, “Grandes Éxitos” de seu nome, e, tal como todo e qualquer tema inédito de qualquer best of da história do mundo moderno, pretendia apenas convencer aqueles fãs que, com propriedade, se questionam relativamente à mais-valia de um best of quando já têm todas as cantigas noutros discos. Outros truques de marketing equivalentes, e homologados pela mente humana mais básica como “eh pá, assim já vale a pena”, vão desde “remasterização” a “sim, mas este tem outra capa, mais moderna”; sendo que, na verdade, os temas inéditos presentes em best of costumam ser bastante preguiçosos. Porém, eis que, surpresa das surpresas, este Torero ganhou vida própria, vendo-se Chayenne na obrigação de criar um teledisco e administrar o devido valor a esta peça musical de excelência.

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Pontos a favor

 

1. Chayenne sempre foi um visionário e negar esta sentença significará fazer figura de parvo seja onde for. Neste teledisco, por exemplo, o autor porto-riquenho apresenta-nos uma forma eficaz de andar mais à vontade em metrópoles. Passo a explicar: repare-se como os passeios estão todos cheios de gente, menos aqueles por onde Chayenne se move. A mensagem é tão clara quanto proveitosa: andem de casaco de cabedal em dias de sol em pleno século XXI e acompanhem a vossa locomoção com um cantar danado, como se fossem ajustar contas à rua dum indivíduo que, enquanto fingia que pegava o jornal do dia no café, apalpou a vossa namorada numa mama. É apenas uma das muitas formas de poder andar à larga, sem ter que aturar as paragens e desvios repentinos dos velhadas. Cortesia de Chayenne, obrigado.

 

Chayenne, todo à larga, à vontadinha, e um exemplo de todos os

outros passeios deste teledisco: só maralha a entupir tudo.

 

2. Como se não bastasse já o ponto anterior para termos todos uma vida mais feliz, o autor porto-riquenho sugere-nos ainda uma inovadora medida de segurança rodoviária: uns óculos especiais que substituem funcionalmente o capacete, substituindo-o ainda, e com melhorias evidentes, a nível de “estiloso”. Devem ser é caros.

 

Chayenne com os seus óculos 100% segurança e 200% estilo (esquerda)

e Chayenne dançando, ainda com os mesmos óculos (direita). Trata-se de

outra grande vantagem comparativa destes óculos, que dançar com

o capacete na cabeça iria parecer apenas ridículo.

 

3. Registe-se, com inusitada excitação, a presença duma pessoa a dançar com um cão, que é um acto louvável em qualquer latitude. É particularmente bom porque a pessoa que dança com o cão acha sempre que o bicho gosta muito e que é o ponto alto do seu dia. Bem, com cães, até deve ser, que tudo abaixo de punições físicas é o ponto alto do dia de um cão. Seja como for, trata-se de um momento divertido, sendo que aqueles que, como eu, gostam de saber mais sobre danças entre humanos e animais, devem também experimentar fazê-lo com um gato, se quiserem ver a expressão mais enfadada possível em seres vivos.

 

Pessoa dançando com cão. O cão está contente

porque é estúpido. É meio caminho andado para

se ser feliz.

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Pontos contra

 

1. A eterna questão dos maus exemplos volta à baila. A garotada que não pense que se pode parar o trânsito para fazer uma coreografia (ainda que uma com uma definidora vertente de paquera) e não sofrer profundas consequências. Caso tente emular o comportamento do Chayenne a este nível, fique sabendo que corre sérios riscos de ser abatido, agredido na cara com uma picha de boi ou vir serem-lhe atirados o macaco e o pneu sobresselente em pelo menos 17 dos 18 distritos nacionais (tenho dúvidas em relação a Castelo Branco). Tudo bem que o Chayenne é um ídolo para a humanidade, mas nunca conduziu em, por exemplo, Lisboa. Eu já. No seguimento, outra ocorrência relacionada com o tráfego - e que me parece absolutamente irreal - é a de os automobilistas danados (condição normal, se formos bem a ver) se juntarem à coreografia. Não se fiem nisto, que nem se condutor não tiver uma picha de boi, uma arma, um macaco ou pneu sobresselente, isto vai acontecer. De lembrar que Isto é um teledisco, e logo com o Chayenne, entidade aglutinadora de vontades e terminadora de conflitos, logo, no dia-a-dia, não é de fiar que aconteça assim, que eu até o Rão Kyao já vi levar uma chapada por não ter metido o pisca. Não se metam nisto.

 

Gajo no trânsito, logo com ar de "então, *******?". É

o pendura, que o condutor já deve ter ido buscar a

picha de boi.

 

"Afinal vou dançar com este homem, em vez de lhe

querer pegar fogo em frente aos seus próprios filhos".

 

2. Os coreógrafos fazem umas acrobacias, tudo bem, nada contra. Mas, mais uma vez, dão um mau exemplo às crianças. A primeira acrobacia é um salto mortal. Difícil de fazer. A segunda é um salto para trás que costumam fazer na ginástica dos Jogos Olímpicos. Difícil de fazer. A terceira acrobacia é um salto normal para trás. Fácil de fazer e absolutamente banal. O recado que passa é o de que todas estas acrobacias são fáceis, ainda para mais com as crianças a terem um intervalo de atenção cada vez mais curto e a só se lembrarem da facilidade do último salto. Quantos garotos não vão querer imitar os saltos que viram no teledisco do Chayenne? Todas. E quantas vão fazer este último salto e conseguir, tentando de imediato um dos outros dois saltos? Todas (talvez um gordo ou outro não consiga o terceiro salto). E quantas vão partir o pescoço a tentar uma destas duas acrobacias? Todas. E quantas vão morrer com a brincadeira? Provavelmente, para aí metade, que agora os médicos salvam quase tudo. Ouvi falar num bebé que nasceu sem cabeça e os médicos salvaram-no. Foi na Índia, acho eu.

 

Um salto para trás. Que, bem vistas as coisas, até pode

muito bem ser salto para a frente rebobinado num vídeo.

 

3. O Chayenne faz isto tudo por causa daquela mulher e, no final, só saca um beijo? Enfim, parece pouco. E, às tantas, ela anda-se a deitar com um tanso qualquer lá no emprego, só porque ele não lhe liga/tem namorada/fá-la sentir-se inteligente, ao ser naturalmente bronco/é parecido com o pai dela, etc., mas ao Chayenne, que a ama tanto ao ponto de arriscar a sua própria vida para fazer uma coreografia (que dura umas 24 horas, é de notar) em hora de ponta numa grande metrópole, só dá um beijo que mais pareceu misericordioso. Vá-se lá entender as gajas.

 

Chayenne, com direito a legenda e tudo, a beijar a

mulher que ama e a quem dedicou uma coreografia

épica. Nem meia hora depois, esta mulher poderá ter

estado semi-nua no WC com um colega de trabalho, o

que não deixa de ser irónico.

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Apreciação muito geral: estamos, sem dúvida, na presença de um fortíssimo candidato à vitória final! Abarcando vários espectros horários (dia, noite, etc.), este “Torero” é um daqueles casos em que os defeitos são rapidamente engolidos pelo mar de qualidade ímpar que nos proporciona. É a bonita história de um homem que, pelos vistos, ia danado com alguma coisa na rua, mas que se apaixona, dedica uma dança exemplarmente coreografada com desconhecidos à sua amada, e depois abala na sua mota, bem mais feliz do que quando o vimos pela primeira vez. Não posso deixar, porém, de lembrar que as más-línguas dizem que era este teledisco que João Pombeiro queria escolher, mas, não se lembrando no nome, acreditou na boa-fé de João Moreira, que lhe transmitiu que este teledisco seria do Chad Kroeger e se chamava “Hero”. São boatos que podem enegrecer esta escolha de Moreira. Vamos ver se há desenvolvimentos a este nível.

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Questão final: "João Moreira, por que razão escolheu este teledisco?

 

 

João Moreira

(clique em sua cabeça e ele sentirá uma pontada)

Eu já sei é que esse boca suja do Pombeiro já andou por aí a espalhar que a minha escolha seria afinal a dele, aspecto que aproveito para negar veementemente. Esta foi a minha opção porque é um teledisco onde as metáforas de e para a vida são evidentes. E tem as pessoas a andar com imagem acelerada ao início, que é um mecanismo de comédia que sempre me agradou. Rio-me sempre. Outro mecanismo de comédia que aprecio de sobremaneira é a chamada inversão. Eu até prefiro ler - gosto muito de ler - a ver televisão, mas vejo-me obrigado a dar sempre a mão a palmatória em relação a este teledisco do Chayenne.

 

 

Analista Clipe Limpo

Mauro

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